sábado, 5 de maio de 2012

Dieta polêmica de alimentação pelo nariz vira febre entre noivas

A promessa de perder até 10 quilos em dez dias tem levado mulheres a correrem riscos para emagrecer rapidamente.
 
Uma dieta que promove a alimentação por meio do nariz virou febre entre as noivas americanas nos dias que antecedem o casamento. A promessa de perder até 10 quilos em dez dias tem levado mulheres a correrem riscos para emagrecer rapidamente.

De acordo com informações da Agência Efe, a dieta é conhecida como KE (Ketogenic Enteral), e é promovida há menos de um ano pelo médico Oliver Di Pietro, que afirma que seus pacientes "não passam fome porque a provisão de alimento é constante" (800 calorias ao dia). Ainda segundo a Efe, Pietro disse que os pacientes perdem "cerca de 10% do peso em apenas dez dias".

Nesse método de emagrecimento, os alimentos são introduzidos através de uma sonda nasogástrica, que a pessoa é obrigada a usar 24 horas por dia durante todo o tratamento, com uma solução de aminoácidos, vitaminas e minerais.

Para o endocrinologista Albermar Roberts, essa dieta é uma loucura. "Eu jurava que tinha acabado os estoques dessas loucuras", desabafa. O médico explica que esse tipo de alimentação é feita em pacientes graves, não em pessoas normais. Como consequência, a pessoa pode ficar desnutrida.

Ao ser perguntado sobre o método, o diretor do Centro de Pesquisa Preventiva da Universidade de Yale, David Katz declarou: "Sacrificar a saúde, a ética médica e a alegria pré-nupcial pela perda rápida de peso? Não, acredito que não seja uma boa ideia", resumiu.

E o diretor vai além. "Essa dieta abre um novo mundo de ideias surpreendentemente más", como ajudar a perder peso recomendando o vômito forçado, aplicando quimioterapia para provocar vômitos, anestesiando e até a indução ao estado de coma.

quarta-feira, 2 de maio de 2012

CFM reconhece a Estimulação Magnética Transcraniana como ato médico

O Conselho Federal de Medicina (CFM) reconheceu a técnica de Estimulação Magnética Transcraniana (EMT) superficial - aplicação de ondas eletromagnéticas no cérebro - como ato médico privativo [que só médico pode realizar].

A técnica passa a ser cientificamente válida para uso nacional, com indicação para depressões uni e bipolar, alucinações auditivas nas esquizofrenias e planejamento de neurocirurgia.

De acordo com o vice-presidente do CFM, o psiquiatra Emmanuel Fortes, a EMT representa um avanço no tratamento desses distúrbios. A EMT difere de métodos tradicionais, como o eletrochoque, principalmente por não apresentar efeitos colaterais sobre a memória.

De acordo com resolução publicada nesta quarta-feira (2/5) no Diário Oficial da União, a prescrição deve ser antecedida de registros no prontuário do paciente e de entrevista contendo identificação, queixas dos principais sintomas, história da doença atual, história pessoal, história familiar, social e ocupacional, exame físico, exame mental, conclusões com diagnóstico e justificativa da prescrição.

A estimulação magnética teve aprovação do órgão governamental americano Food and Drug Administration (FDA) para o tratamento de depressões e para o planejamento de neurocirurgias em 7 de outubro de 2008. No Brasil, a pesquisa para o reconhecimento da técnica foi realizada pelo Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP).

De acordo com a resolução do CFM, a Estimulação Magnética Transcraniana profunda [cujos pulsos eletromagnéticos ocorrem em alta corrente], por carecer ainda de definição dos limites de seu emprego e de critérios de segurança, deve continuar sendo um ato médico experimental.

Para indicações além das mencionadas, a EMT superficial também deve continuar como procedimento experimental, por falta de dados que comprovem sua validade.

Fonte: correiobraziliense.com.br