O presidente do CRM-AM, Jefferson Jezini, alertou que quase todas
as unidades de saúde interioranas estão com problemas de estrutura ou de falta
de médicos especializados. A preocupação também é que a maioria dos médicos que
atuam nas outras cidades são mais antigos e estão se aposentando. Não está
havendo substituição e a situação está prestes a entrar em um colapso, declarou.
Jezini alertou para a desproporção na estrutura médica entre o interior e a
capital. Só na capital se encontra unidades de saúde secundarias e terciárias,
como as policlínicas e as unidades básicas. No interior, só se encontra postos
de saúde e faltam equipes completas. Como é que um único médico pode prestar
serviços pra atender toda a população de uma cidade?, questionou.
O chefe do Departamento de Fiscalização da CRM, Antônio de Pádua, revelou que
pelo menos metade dos óbitos no interior do Amazonas poderiam ter sido evitados
por uma equipe médica qualificada. Cerca de 20% a 30% das mortes no interior do
Estado ocorrem sem assistência médica. Geralmente, as pessoas já chegam aos
postos muito doentes em razão das condições precárias de saneamento. No posto,
tem apenas clínicos gerais, observou.
Jefferson Jezini informou que, no dia 20 de abril, foi enviado pela segunda
vez um ofício ao governador Omar Aziz solicitando uma reunião para tratar do
assunto. A assessoria da Secretaria de Estado da Saúde (Susam) comunicou que não
recebeu nenhum ofício desse tipo.
Os municípios fiscalizados pela CRM-AM foram Anamã, Anori, Autazes,
Barreirinha, Beruri, Boa Vista do Ramos, Caapiranga, Careiro, Careiro do
Castanho, Itacoatiara, Manacapuru, Manaquiri, Nova Olinda do Norte, Novo Airão,
Novo Aripuanã, Presidente Figueiredo, Rio Preto da Eva, São Gabriel da
Cachoeira, Silves e Urucurituba.
Fonte: Portal D24AM
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