O Conselho Federal de Medicina (CFM) reconheceu a técnica de Estimulação Magnética Transcraniana (EMT)
superficial - aplicação de ondas eletromagnéticas no cérebro - como ato médico privativo [que só médico pode realizar].
A técnica passa a ser cientificamente válida para uso nacional, com
indicação para depressões uni e bipolar, alucinações auditivas nas
esquizofrenias e planejamento de neurocirurgia.
De acordo com o vice-presidente do CFM,
o psiquiatra Emmanuel Fortes, a EMT representa um avanço no tratamento
desses distúrbios. A EMT difere de métodos tradicionais, como o
eletrochoque, principalmente por não apresentar efeitos colaterais sobre
a memória.
De acordo com resolução publicada nesta quarta-feira (2/5) no Diário
Oficial da União, a prescrição deve ser antecedida de registros no
prontuário do paciente e de entrevista contendo identificação, queixas
dos principais sintomas, história da doença atual, história pessoal,
história familiar, social e ocupacional, exame físico, exame mental,
conclusões com diagnóstico e justificativa da prescrição.
A estimulação magnética teve aprovação do órgão governamental americano
Food and Drug Administration (FDA) para o tratamento de depressões e
para o planejamento de neurocirurgias em 7 de outubro de 2008. No
Brasil, a pesquisa para o reconhecimento da técnica foi realizada pelo
Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Faculdade de
Medicina da Universidade de São Paulo (USP).
De acordo com a resolução do CFM, a Estimulação Magnética Transcraniana
profunda [cujos pulsos eletromagnéticos ocorrem em alta corrente], por
carecer ainda de definição dos limites de seu emprego e de critérios de
segurança, deve continuar sendo um ato médico experimental.
Para indicações além das mencionadas, a EMT superficial também deve
continuar como procedimento experimental, por falta de dados que
comprovem sua validade.
Fonte: correiobraziliense.com.br
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