segunda-feira, 13 de junho de 2011

Médicos do AM cobram extraplano para a realização de consultas

Segundo o Simeam, a prática está sendo adotada por alguns médicos no Estado, apesar da recomendação contrária do MPE.

JÚLIO PEDROSA

O presidente do Sindicato dos Médicos do Estado do Amazonas (Simeam), Mário Vianna, disse nesta terça-feira (7) que alguns profissionais já estão fazendo a cobrança extraplano para a realização de consultas, mesmo após a recomendação do Ministério Público do Estado (MPE) do Amazonas à categoria de que não adotasse esse tipo de prática.

“O médico tem a liberdade de atender no consultório dele da maneira que ele quiser, estabelecendo dias específicos da semana para o atendimento aos planos. Se num determinado dia ele não atende a pacientes com planos de saúde, a cobrança poderia até ser feita”, afirma Vianna.

Segundo ele, a cobrança extraplano é o primeiro passo para o processo de descredenciamento.

“Os descredenciamentos estão acontecendo de forma individual. Os médicos estão gradativamente se afastando individualmente. O que recomendamos é que o médico faça a comunicação e dê um prazo de 30 dias para poder então passar a não aceitar mais pacientes conveniados”, afirmou.

Reunião
Na última segunda-feira, 6, em reunião na sede do Ministério Público do Estado foi dado o pontapé inicial para uma tentativa de acordo entre planos de saúde e médicos credenciados.

O encontro reuniu representantes das operadoras de planos de saúde locais e do sindicato com a finalidade de saber o que as empresas podem oferecer à categoria.

O presidente do Simeam considerou a reunião improdutiva porque nenhum dos representantes dos grupos apresentou qualquer proposta.

Os médicos reivindicam a adoção da tabela de pagamento de honorários pela Classificação Brasileira Hierarquizada de Procedimentos Médicos (CBHPM), que é atualizada anualmente. Segundo Vianna, no ano passado os planos cogitaram a possibilidade de adoção da terceira edição da tabela, que já se encontra na sexta edição.

“Estamos em junho de 2011 e não aceitaremos falar em adotar a terceira edição da tabela de CBHPM, que sofre reajustes anuais, a não ser que fosse adotada uma política de progressão até chegar aos valores atualizados. A terceira edição da tabela para a categoria não é considerada como uma proposta e sim uma provocação”, desabafou o médico.

Saiba mais

Paralisação
A estimativa é de que existam em Manaus, aproximadamente, 1,3 mil médicos cooperados. No dia 1º de julho, a categoria decide em assembleia se realiza paralisação por tempo indefinido do atendimento de todas as operadoras, resguardando apenas as questões de urgência e emergência.

Na reunião com o MPE, estiveram presentes representantes do grupo Unidas, Petrobras, Banco do Brasil, Bradesco Seguros, Unimed, Samel e HapVida.

Fonte: acritica

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