terça-feira, 11 de outubro de 2011

Atual quadro da Unimed preocupa Comissão de Cooperativismo Médico

A insatisfação da maioria dos médicos e a preocupação com a difícil situação financeira de cooperativas médicas no Brasil, em especial o atual quadro do Sistema Unimed, é a maior preocupação da Comissão de Cooperativismo Médico, formada por integrantes da FENAM, do Conselho Federal de Medicina e da Associação Médica Brasileira. Em busca de soluções para as singulares em más condições, o grupo, que se reuniu nesta terça-feira (4), em Brasília, decidiu convidar a diretoria da Unimed para um debate mais amplo. A reunião foi agendada para o dia 10 de outubro com o presidente da Unimed Nacional, Eudes de Freitas Aquino.

“A Comissão de Cooperativismo entende as dificuldades do sistema, principalmente em regiões mais pobres, e por isso é preciso discutir estratégias, como por exemplo as fusões entre menores e maiores operadoras. Assim, vamos convidar a diretoria da Unimed para debater todos os pontos questionados pelos próprios médicos cooperados e inclusive ter conhecimento do que já está sendo feito”, declarou o secretário de Saúde Suplementar da Federação Nacional dos Médicos, Márcio Bichara.

Para ele, é necessário que se faça um estudo da união das operadoras com o objetivo de obter a sustentabilidade do Sistema Unimed, o que engloba as questões de valor mínimo estipulado para consultas e procedimentos. Algumas singulares já estão fazendo fusões ou incorporações para se tornarem mais fortes.

Confira a íntegra da entrevista de Márcio Bichara à Rádio FENAM.

A Unimed presta assistência a quase 20 milhões de usuários em todo o Brasil e foi criada como alternativa ao Sistema Único de Saúde (SUS), que, segundo lideranças da categoria médica, ainda não consegue oferecer assistência digna aos cidadãos. Com as exigências da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), até mesmo cooperativas que estão com suas contas em equilíbrio não têm condições de melhorar a remuneração do médico cooperado, pois não há resultado contábil suficiente para proporcionar distribuição. Na paralisação do dia 21 de setembro, cooperativas médicas em dez estados entraram no movimento, insatisfeitas com os honorários.

Fonte: Fenam


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