Ministério Público entrou com pedido após condenado pedir renovação de passaporte.
A Justiça mandou prender o Roger Abdelmassih, mas até as 12h desta sexta-feira (7), ele ainda não havia sido preso. A decisão foi tomada na quinta-feira (6), depois que a Polícia Federal informou que o ex-médico entrou com um requerimento para a renovação de passaporte. De acordo com o Ministério Público, o ato sinaliza risco de fuga de Abdelmassih.
A reportagem do R7 tentou entrar em contato com o advogado do Abdelmassih, mas até a publicação desta matéria não obteve retorno. Anteriormente, a defesa havia informado que vai entrar com pedido de revogação da prisão. O advogado dele, José Luis Mendes de Oliveira Lima, disse não saber se o ex-médico vai se entregar à polícia. O defensor está fora do país e disse que ainda não teve contato com Abdelmassih.
A Polícia Federal informou que, uma semana antes do Natal, o órgão comunicou à Justiça que Abdelmassih havia feito requerimento para renovar o passaporte. O Ministério Público foi comunicado e o Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado ) pediu a prisão. O processo corre na 16ª Vara Criminal, com a juíza Cristina Escher. O advogado que defende o ex-médico diz que o pedido de prisão é descabido.
- Ele tem todo o direito de renovar o passaporte, que estava vencendo. Ele apenas estava renovando e, ainda que ele queira sair do país, o que não é o caso, ele tem esse direito, basta comunicar à Justiça.
De acordo com o Ministério Público, com o pedido de renovação do passaporte, Abdelmassih "dá mostras claras e concretas de que pretende deixar o país para se furtar ao cumprimento de sua pena, já iniciando medidas que viabilizem a sua fuga". Afirmou ainda que a prisão do ex-médico é necessária "já que sua liberdade põe, clara e concretamente, em risco a ordem pública e a aplicação da lei penal".
Entenda o caso
Abdelmassih foi condenado em novembro passado a 278 anos de prisão. O especialista em reprodução in vitro respondia na Justiça criminal a 56 acusações de estupro contra ex-pacientes. Ele recorria à condenação em liberdade.
Em julho do ano passado, o Cremesp (Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo) havia decidido, por unanimidade, cassar o registro profissional dele.
No dia 17 de agosto de 2009, Abdelmassih foi preso. Ele passou quatro meses detido na Penitenciária de Tremembé, até ser solto, às vésperas do Natal de 2009, por decisão do ministro Gilmar Mendes, do STF.
A investigação sobre o caso Abdelmassih começou em maio de 2008. Ela foi, inicialmente, feita pelos promotores do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) e depois refeita pelos policiais da 1ª Delegacia da Mulher da capital paulista.
Para a polícia, as supostas vítimas disseram que o médico cometia abusos enquanto elas ainda estavam sedadas. O relato mais antigo é de 1994 e há outros de 2005, 2006 e 2007.
Abdelmassih nega as acusações. Em janeiro de 2009, logo após a investigação ser divulgada pela imprensa, o médico declarou que o anestésico propofol, usado durante o tratamento, pode despertar alucinações com conotação sexual.
Fonte: R7
A Justiça mandou prender o Roger Abdelmassih, mas até as 12h desta sexta-feira (7), ele ainda não havia sido preso. A decisão foi tomada na quinta-feira (6), depois que a Polícia Federal informou que o ex-médico entrou com um requerimento para a renovação de passaporte. De acordo com o Ministério Público, o ato sinaliza risco de fuga de Abdelmassih.
A reportagem do R7 tentou entrar em contato com o advogado do Abdelmassih, mas até a publicação desta matéria não obteve retorno. Anteriormente, a defesa havia informado que vai entrar com pedido de revogação da prisão. O advogado dele, José Luis Mendes de Oliveira Lima, disse não saber se o ex-médico vai se entregar à polícia. O defensor está fora do país e disse que ainda não teve contato com Abdelmassih.
A Polícia Federal informou que, uma semana antes do Natal, o órgão comunicou à Justiça que Abdelmassih havia feito requerimento para renovar o passaporte. O Ministério Público foi comunicado e o Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado ) pediu a prisão. O processo corre na 16ª Vara Criminal, com a juíza Cristina Escher. O advogado que defende o ex-médico diz que o pedido de prisão é descabido.
- Ele tem todo o direito de renovar o passaporte, que estava vencendo. Ele apenas estava renovando e, ainda que ele queira sair do país, o que não é o caso, ele tem esse direito, basta comunicar à Justiça.
De acordo com o Ministério Público, com o pedido de renovação do passaporte, Abdelmassih "dá mostras claras e concretas de que pretende deixar o país para se furtar ao cumprimento de sua pena, já iniciando medidas que viabilizem a sua fuga". Afirmou ainda que a prisão do ex-médico é necessária "já que sua liberdade põe, clara e concretamente, em risco a ordem pública e a aplicação da lei penal".
Entenda o caso
Abdelmassih foi condenado em novembro passado a 278 anos de prisão. O especialista em reprodução in vitro respondia na Justiça criminal a 56 acusações de estupro contra ex-pacientes. Ele recorria à condenação em liberdade.
Em julho do ano passado, o Cremesp (Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo) havia decidido, por unanimidade, cassar o registro profissional dele.
No dia 17 de agosto de 2009, Abdelmassih foi preso. Ele passou quatro meses detido na Penitenciária de Tremembé, até ser solto, às vésperas do Natal de 2009, por decisão do ministro Gilmar Mendes, do STF.
A investigação sobre o caso Abdelmassih começou em maio de 2008. Ela foi, inicialmente, feita pelos promotores do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) e depois refeita pelos policiais da 1ª Delegacia da Mulher da capital paulista.
Para a polícia, as supostas vítimas disseram que o médico cometia abusos enquanto elas ainda estavam sedadas. O relato mais antigo é de 1994 e há outros de 2005, 2006 e 2007.
Abdelmassih nega as acusações. Em janeiro de 2009, logo após a investigação ser divulgada pela imprensa, o médico declarou que o anestésico propofol, usado durante o tratamento, pode despertar alucinações com conotação sexual.
Fonte: R7
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