quinta-feira, 6 de maio de 2010

Médicos denunciam ao MPE-ACRE falta de segurança nos hospitais


Outro aspecto observado por eles é quanto às falhas no controle de entrada de pessoas no Pronto Socorro da capital.

A diretoria do Sindicato dos Médicos do Estado do Acre (Sindmed), levou ao conhecimento do Ministério Público do Estado (MPE) o problema da falta de segurança aos profissionais nas unidades públicas de saúde, principalmente no Pronto Socorro do Hospital de Urgências e Emergências de Rio Branco (HUERB), onde na semana passada uma médica plantonista foi agredida fisicamente pela paciente, em pleno atendimento.

Acompanhados de representantes do MPE, os médicos José Ribamar Costa e Marcos Yomura, presidente e secretário do Sindmed-Ac, estiveram reunidos com o diretor técnico do HUERB, médico Giovani Casseb para tratar o assunto, juntamente com a médica Leuda Dávalos, agredida na unidade. Do encontro, também participou o presidente em exercício do Conselho Regional de Medicina (CRM), médico José Wilkens.

"Há algum tempo os médicos vem passando por diversas dificuldades, principalmente no Pronto Socorro. As condições de atendimento, que já apresentavam problemas, agora durante a reforma se agravaram ainda mais. Como se já não bastasse, nos deparamos ainda com a insuficiência de policiamento na unidade", disse o presidente do Sindmed.

Outro aspecto observado por eles é quanto às falhas no controle de entrada de pessoas no PS. "As pessoas entram aqui sem nenhuma identificação. Isso não acontece nos hospitais em outros estados e também não poderia acontecer aqui. O que houve com a médica semana passada foi assustador. Ela foi agredida enquanto era imobilizada por dois acompanhantes da paciente", acrescentou o médico Marcos Yomura.

A situação também foi tema de debate na sessão desta terça-feira, 04, na Assembléia Legislativa. Esse e outro caso de agressão contra um médico, registrado recentemente no PS, foram denunciados pelo deputado estadual Donald Fernandes. Na ocasião, o parlamentar que também é médico, mencionou um requerimento que encaminhou no mês passado para o Ministério Público Federal denunciando as condições inadequadas de atendimento do Pronto Socorro.

Agora, os médicos aguardam providências por parte da direção do Hospital e não descartam a possibilidade de deixar de efetuar atendimento no PS, caso perdure a situação de insegurança.

"Nós trabalhamos para salvar vidas. Muitas vezes extrapolamos até nossos limites para realizar um atendimento bem sucedido. Mas em muitos casos somente a nossa parte não basta. Precisamos de condições de trabalho adequadas e entre elas está o quesito segurança. É o mínimo que um trabalhador pode pedir para exercer com dignidade sua profissão", concluiu o médico Ribamar Costa.

Fonte: agazeta.net

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