A direção da ANMR anunciou o fim da greve da categoria, destacando que o movimento obteve 22% de reajuste e garantia do governo federal de negociação de demais reivindicações em um Grupo Interministerial (GI). A ANMR já orientou associações em todo o País a encerrar a greve deflagrada em 17 de agosto. A posição da associação foi tomada depois que a maioria das plenárias da categoria realizadas até esta sexta-feira (17), quando o movimento completou um mês, optou pelo fim da greve.
As demais reivindicações dos residentes, como índice anual de reajuste, seis meses de licença maternidade e complementação da defasagem do valor atual da bolsa de R$ 1.916,45, serão discutidos no GI, conforme compromisso dos ministérios da Educação (MEC) e o da Saúde. A direção da ANMR já enviou documento à coordenadora geral de Residência em Saúde da Diretoria dos Hospitais Universitários Federais e Residências em Saúde do MEC, Jenne Liliane Marlene Michel, comunicando oficialmente a decisão.
Para a direção da entidade, as conquistas só foram possíveis devido à mobilização dos médicos. No País, são 22 mil residentes que participam de 70% dos atendimentos pelo SUS. Os dirigentes esclarecem que estados que haviam aprovado a manutenção da paralisação voltarão a fazer assembleias até esta segunda-feira para avaliar a orientação dada pela ANMR. A associação informou o MEC sobre a conduta e destacou que o encaminhamento faz parte da forma democrática da tomada de posição e respeito às instâncias regionais. A expectativa é que a maior parte dos estados retome as atividades nesta segunda-feira, 20.
No documento enviado ao MEC, a associação solicitou reunião com os interlocutores do governo para detalhar e formalizar o acordo e definir a agenda do Grupo Interministerial. Também pediu a publicação da negociação no Diário Oficial da União. A ANMR quer a convocação de reunião extraordinária da Comissão Nacional de Residência Médica (CNRM) para discussão dos critérios de reposição dos dias paralisados.
Outro foco é a definição do Projeto de Lei a ser enviado com urgência urgentíssima ao Congresso Nacional para aprovação dos itens do reajuste. A associação quer ainda a supervisão da CNRM e das comissões estaduais sobre medidas a serem adotadas ante denúncias sobre carga horária além de 60 horas semanais previstas nos programas de residência.
Fonte: ANMR
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